quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Observação das aulas: sexta, 19 de outubro de 2018


Alguns alunos chegaram atrasados, porque precisavam tomar banho depois da aula de educação física. A partir daí, o professor fez críticas com relação a isso e outros alunos justificaram afirmando que não há tudo o que precisam no banheiro (como sabonete, lixeiro, etc), por isso precisavam ir à associação (fica próximo à escola, é um lugar público onde se faz vários tipos de esportes) para tomar banho lá.
Em seguida, o professor iniciou o assunto sobre “vozes do verbo”: escreveu conceitos no quadro, explicou com alguns exemplos e entregou uma lista de exercício para a turma. O supervisor instigou os alunos a responder, mas os discentes não têm muito tempo porque a resposta é dada rapidamente. Próximo ao final da aula e sob o viés do tema abordado no momento, o supervisor perguntou a um aluno: “você é ativo ou passivo?”.
Assim como nos outros dias, senti falta do livro didático nas mãos do professor, que estão sempre ocupadas com folhas avulsas. Ademais, nem todos têm o livro didático, porque muitos alunos dos anos anteriores não devolvem (alguns perdem, simplesmente não devolvem, etc, a justificativa da biblioteca é que os alunos não têm condições de pagar o valor do livro, então eles deixam pra lá).

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

6ª Reunião, 10 de outubro de 2018

Estávamos precisando desse dia para colocar pra fora um mês de novidades. Discutimos acerca do que vemos no dia a dia, os episódios controversos, nosso relacionamento com os supervisores e com a escola. Além disso, compartilhamos nossas vivências e pudemos aprender com as experiências do nosso grupo.

"[...] as pessoas não precisam ter opinião sobre tudo. Precisamos discutir o que é importante para eles, para a comunidade deles [...]", essa fala do coordenador Luíz Fernando trouxe questionamentos/inquietações assim como a observação da coordenadora Andréa acerca da diferença entre o sujeito moderno e o sujeito contemporâneo.

Saí daquela reunião com a sensação de que teremos muitos desafios, mas com o consolo de que temos uma equipe para compartilhar a nossa bagagem.

Pesquisa para o "Diagnóstico Etnográfico", 8 de outubro de 2018

Não estivemos na sala, como nos outros dias, conversamos com o pessoal da direção, professores e alunos a fim de obter dados acerca da escola. Contamos a disponibilidade de alguns e indisponibilidade de outros, contudo o resultado foi bom.

Diagnóstico Etnográfico (parte 4)


RELAÇÕES INTERPESSOAIS

Convivência entre coordenação, secretaria, funcionários e corpo docente: amigável, afetiva (descrições do coordenador pedagógico e professores).

PERCEPÇÃO DE TODOS E DO CORPO DOCENTE SOBRE A ESCOLA

Satisfação: "não tenho do que reclamar", prof. Ricardo; "não tenho problema com ninguém", prof. Ivan.

Alegria: não especificado.

Segurança: aspecto relativo, no entanto a maioria teme.

Outros: os professores procuram se esforçar mesmo diante das dificuldades, da ausência de recursos como pincel, tinta, folhas, materiais para experimentos no laboratório de ciências. Muitas vezes, os professores providenciam o material com a ajuda dos alunos.

ATIVIDADES INTERDISCIPLINARES: projeto anual de leitura e escrita.

Relações da escola com a política (políticos) local: neutra, segundo professores.

RELAÇÃO DA ESCOLA COM OS MORADORES DO BAIRRO

Serve de referência para algo: não especificado

É posto de apoio à campanhas, local de votação: local de contagem de votos.

Sedia eventos comunitários tais como festas populares e datas comemorativas: a escola cede o espaço para igrejas e em troca recebe alguns serviços como limpeza do mato, toca das lâmpadas.


Diagnóstico Etnográfico (parte 3)


PROJETO PEDAGÓGICO

Obs.: Estão refazendo o PPP, porque foi feito em 2012 e tem muita coisa atrasada, houve mudanças na coordenação, direção, necessidade de readaptação, etc. O PPP não tinha base filosófica, apenas dados da escola, segundo o coordenador pedagógico, “[...] a escola trabalhava no vazio, sem saber a base filosófica, histórica [...]”.
O coordenador disse que aproveitou a base filosófica e sociológica da escola do município e trouxe para a Onélia Campello.

Coordenador fala acerca do PPP e dos seguintes aspectos (a partir do min. 2:43 até o min. 9:09):

Missão da escola;
Objetivos;
Metas;
Princípios pedagógicos;

Lugar da atividade física lugar da alimentação na formação dos alunos: não especificado.

ATIVIDADE EXTRACLASSE:

Obs.: Segundo o coordenador pedagógico, a escola tem um projeto de trabalho muito bom. Porém, difícil de realizar visto a falta de verba, professores, etc.

Semanas: não especificado.

Feiras: não especificado.

Outros: não especificado.

Excursões a museus, parques, praças: não fazem, segundo relatos de alunos do nono ano “c”. Alguns alunos relataram que raramente só a turma do ensino médio vai; algumas alunas falaram que foram ao evento da SBPC na UFAL, mas não por incentivo da escola.

Eventos esportivos: jogos internos; projeto de zumba, no qual alguns alunos participam; grupo de ensaio para abertura dos jogos internos; aulas de educação física; gincana, com envolvimento de todas as turmas;

Modo de solução de problemas de indisciplina, bullying, violência, etc.: chama os pais, manda para casa, reprimendas (especialmente quando fogem ou parte para agressividade). O coordenador pedagógico vê a situação como natural, porque quando vai observar o histórico da família, trata-se de famílias desestruturadas, com casos extremos de morte e de prisões. “[...] o aluno reproduz isso na escola, o que faz com que a escola tenha alguns problemas [...]”. Em último caso, o aluno é transferido.

Diagnóstico Etnográfico (parte 2)


PESSOAL

Organograma:



Diretor: dois diretores

Coordenador: dois, sendo um pedagógico e um articulador.

Secretaria: sem secretário, o diretor adjunto desempenha esse papel.

Corpo docente: cinquenta e seis docentes

Corpo discente (quantidade por turnos): não especificado, segundo dados do censo escolar 2017, a escola possui 770 estudantes no ensino fundamental, com turmas de 6°, 7°, 8° e 9° anos. No ensino médio conta com turmas de 1°, 2° e 3° anos, com 347 alunos. Na educação de jovens e adultos (EJA) existem 399 alunos, totalizando 1.516 estudantes, distribuídos nos turnos da manhã, tarde e noite.

Porteiros/vigias: quatro (desempenham as duas funções)

Auxiliares de serviços gerais: oito

Merendeiras: oito

Agente administrativo: cinco

domingo, 14 de outubro de 2018

Diagnóstico Etnográfico (parte 1)


INFRAESTRUTURA DA ESCOLA

Salas de aula: 15

Laboratórios: dois laboratórios, sendo um de ciências e outro de informática (este último é disponível apenas para os alunos de robótica). Porém, segundo o professor que fica na biblioteca e relato de alunos, o de informática está fechado devido à ausência de funcionário. E o de ciências não conta com bom funcionamento, faltam materiais básicos (muitas vezes são levados pelo professor e/ou pelos alunos) para os experimentos. Ademais, só conta com um microscópio para atender à turmas de quarenta alunos.

Acesso à internet: apenas a secretaria tem acesso, além disso não é de boa qualidade.

Disponibilidade de material de escritório: deficiente, professor combina com os alunos de dividir os gastos, um leva folhas, o outro tinta, etc.

BIBLIOTECA

Volumes disponíveis (quantidade): não têm noção da quantidade.
Jornais: não têm noção da quantidade.
Revistas: não têm noção da quantidade.
Quadrinhos: não têm noção da quantidade.
Bibliotecário: são professores afastados da sala de aula por problemas de saúde ou perto da aposentadoria.
Horário de funcionamento: Impreciso devido à ausência de funcionário.
Modo de funcionamento (empréstimo e consulta): prazo de sete dias para devolução. O sistema de controle é manual, o que dificulta monitorar com precisão os prazos para entrega. Muitos livros são perdidos por causa desse sistema.

Banheiros: quatro banheiro, dois no térreo e dois no primeiro andar. Contudo, os do primeiro andar estão trancados (alunos relataram que faz mais de dois anos).

Quadras: um ginásio

Locais de lazer: pátio

Bancos: nove bancos

Pátios: dois, sendo um descoberto e outro coberto.

Iluminação: há diversas lâmpadas sem funcionar. Durante o dia, isso não chega a ser um problema. Mas, durante a noite pode ser.

Áreas de convivência: cantina e pátios

Observar também o que não há, mas esperava-se que houvesse: biblioteca organizada; funcionários específicos; Wi-Fi; limpeza nos banheiros; cadeiras, portas, janelas, luzes, paredes nas devidas condições.

Laboratório de ciências

Biblioteca


Banheiro feminino no térreo

Pátios coberto e descoberto



quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Diagnóstico etnográfico e apresentação de propostas para o “Jornal Falado”, 1 de outubro de 2018


Chegamos pontualmente as 13h e formos a procura do coordenador pedagógico, Leonardo Viana, para obtermos dados acerca desse aspecto da escola. Ele foi atencioso e nos forneceu os dados de que precisávamos.
Entramos na sala às 14:40 e apresentamos aos alunos nossas propostas para o desenvolvimento do “Jornal Falado”: mencionamos os objetivos do projeto, as habilidades que serão trabalhadas, que aspectos eles precisam atentar no momento da elaboração, e no fim realizamos uma dinâmica como ensaio para apontarmos, junto com o professor, os aspectos positivos e os que podem ser melhorados.
Os alunos aparentavam entusiasmo e conseguiram atender a proposta da dinâmica com rapidez, criatividade e organização. Nossa equipe também saiu contente com os trabalhos do dia, pudemos interagir um pouco com eles.
Dinâmica para ensaiar a apresentação do "Jornal Falado", equipe 3

                                                                                                           

Observação das aulas, 28 de setembro de 2018


O ambiente estava desagradável nesse dia causa do calor intenso. Pouco depois de a aula ter começado, o professor distribuiu suco para os alunos.
A fim de dar suporte aos alunos na elaboração do “Jornal Falado”, o professor entregou uma folha contendo uma notícia sobre bulling e foi apontando para alguns alunos lerem. As meninas tiveram maior fluidez ao ler, enquanto os meninos resistiam um pouco, mas cediam.
Em seguida, o supervisor tentou explicar os aspectos que estão por trás da elaboração de uma matéria como aquela, mas a turma estava dispersa: conversas paralelas, alguns dormiam, outros mexiam no celular e a sala estava barulhenta de modo geral. Para resolver esse último fato, o professor tem ameaçado utilizar um apito.
Durante as definições, dadas pelo supervisor, sobre o que é pauta, notícia, reportagem, etc, surgiram alguns temas/discussões sobre assuntos políticos, sociais, sobre sexualidade, entre outros, e eles não são bem tratados na aula. Talvez espaço para os alunos se posicionarem fosse algo bom de ser testado.
A aula acabou com a leitura do poema em forma de cordel “medo”, de Bráulio Bessa, pelo professor. O objetivo da leitura foi motivar os alunos, segundo o supervisor Ricardo.